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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sirvo a Deus a 27 anos, sou casado com a linda Cristiane Rodrigues, tenho dois filhos maravilhosos o Fellipe e o Murillo Henrique, sou pastor adjunto do Ministério Restauração da Fé, aqui em São Paulo e quanto mais o tempo passa mais me apaixono por Jesus Cristo e pela sua obra.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Marginalidade do Natal

A Marginalidade do Natal


“Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?” (Mt 2.2)

A Revelação é quase sempre marginal e subversiva. Ou seja: na maioria das vezes acontece e se processa de modo não convencional. Ela acontece inúmeras vezes de forma não institucional; tão pouco religiosa. Por isso, esse caráter marginal e subversivo da Revelação.




O Natal, que teologicamente trata-se da Encarnação do Verbo, não seria diferente. Pois, trata-se da Revelação Chave de todas as demais revelações divinas no curso da história. O texto único de Mateus capítulo 2 mostra-nos este caráter marginal do natal.




Vejamos alguns aspectos desta marginalidade da Revelação:




Enquanto os magos discernem a estrela, os teólogos de Jerusalém só sabem como “conhecimento teológico”. É impressionante o fato de que os magos vindos do oriente discernem a estrela e o que ela indica, enquanto os doutores da Lei, Escribas e Fariseus, apesar de examinarem as Escrituras, não conseguem alcançar e discernir o cumprimento da profecia messiânica. Penso que é o que acontece com a maioria dos que comemoram o natal. Muitos conhecem o texto e a profecia. Outros nem isso conhecem. Porém, todos comemoram uma data festiva sem discernirem o significado da Encarnação do Verbo, do Emanuel, do Deus conosco. Não estaríamos repetindo a mesma atitude dos “teólogos de Jerusalém”?




Enquanto os escribas tinham as Escrituras, mas não tinham a Revelação; os magos não tinham as Escrituras, mas tinham a Revelação. Temo que esta seja a realidade da maioria que, carregando as Escrituras nas mãos, não carregam a Palavra no coração. A maioria está de posse da Bíblia sem entendê-la. Outros citam-na de modo extraordinário, sem discerni-la. Outros, ainda, a examinam sem compreendê-la. Aí, a subversividade da Revelação acontece de modo simples, direto e radical no coração de gente, muitas vezes indouta e iletrada teologicamente, mas de uma flexibilidade extraordinária ante a Revelação e o conhecimento de Deus, como Cornélio.




Enquanto os de Jerusalém sabiam o endereço (Belém), mas não saíram do lugar; os que perguntavam (magos) estavam no caminho... seguindo. Quase sempre quem sabe o Caminho como conhecimento não se importa em experimentá-lo como experiência e vida. Entretanto, os que não sabem por antecipação do Caminho, estão sabendo no caminho, na experiência do encontro com a Vida, qual o Caminho, e estão seguindo ao encontro dEle. Pois, Ele é o Caminho. Os magos O acharam mesmo sem saber o endereço! E você, está na estrada, ou ainda tentando entender este mapa religioso que diz onde Ele está?




Enquanto os magos vieram de longe para adorar, os de perto, na pessoa de Herodes, perseguem para matar. Muitas vezes os de longe estão mais perto, e os de perto estão mais longe. Por isso, Jesus disse que viriam muitos de longe e antecederiam aos judeus no Reino de Deus. Disse, ainda, que os primeiros seriam os derradeiros, e os derradeiros seriam os primeiros. Cuidemos para não estarmos tão perto, quanto ao tempo que estaremos tão longe.




Por estas razões, o verdadeiro significado do Natal não reside na convencionalidade de sua comemoração festiva atual, mas na marginalidade da Revelação original, que a maioria – aqueles de quem mais se esperavam toda a compreensão da Revelação - não compreendeu.



Feliz Natal!

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