Quem sou eu

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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sirvo a Deus a 27 anos, sou casado com a linda Cristiane Rodrigues, tenho dois filhos maravilhosos o Fellipe e o Murillo Henrique, sou pastor adjunto do Ministério Restauração da Fé, aqui em São Paulo e quanto mais o tempo passa mais me apaixono por Jesus Cristo e pela sua obra.

sexta-feira, 8 de março de 2013

A DEMORA DE DEUS “Chegando pois Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura...” (Jo 11.17) Vivemos num contexto imediatista. A tecnologia põe tudo a nossa disposição apenas num clicar de teclas, num apertar de botões ou num piscar de olhos. Isto só serviu para maximizar a impaciência de uma sociedade pós-moderna. Devido a isto, a mensagem do Evangelho, no que tange a esperar em Deus, foi ficando cada vez mais obsoleta, esquecida e desprezada. Conseqüentemente, a ação divina a seu tempo e hora passou a ser considerada pelos mortais como uma demora de Deus. Foi esta a declaração implícita das irmãs de Lázaro: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Numa linguagem humana e limitada, por que Deus não age sempre quando desejamos, queremos ou achamos que precisamos? Em outras palavras: O que a demora de Deus produz em nós? Produz paciência. Esta história revela que tiveram que esperar por Jesus até a morte de Lázaro. Na verdade o esperaram até após a morte de Lázaro. Esperar é uma virtude que poucos crentes possuem. Saber esperar e deixar Deus ser Deus em nós, por nós e através de nós. Produz persistência. Quem espera persevera. É uma conseqüência natural. Quando Deus não nos atende na hora, precisamos persistir no propósito de buscar e pedir. Ele mesmo disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á”. A vitória pertence aos constantes e perseverantes. Portanto, quanto mais demorar a resposta de Deus, mais persistência será exigida de nós. Produz perspectiva. Na espera perseverante há perspectiva. Ela diz respeito ao futuro. Ela é aquela chama que arde dentro de nós de modo a não nos deixar esmorecer. Ela aquece nossos corações na esperança de que pode ser hoje e agora. Ela nos faz contar o tempo para frente; nunca para trás. Para ela o tempo sempre se chama HOJE, não importando quanto tempo já tenha passado. Produz confiança. Quem espera perseverantemente com esperança e expectativa, o faz com base na fé que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Não é possível resistir ante a demora de Deus sem fé. Pois o mesmo escritor aos Hebreus diz que “sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”. Então concluo que sendo Deus didático em suas ações, não se faz demorado em responder nossas petições e necessidades sem propósitos específicos. Entre tantos que minha limitação impede de numerá-los e relatá-los aqui, os quatro aqui alistados com certeza fazem parte deles. Sendo assim, descanso na demora de Deus sabendo que mesmo por meios estranhos a mim Deus cumpre os seus propósitos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando os Profetas São Profetas‏


Quando os Profetas São Profetas






“Aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra, com verdade” (Jr 23.28)


Ser profeta é ser porta-voz de Deus. É ser mensageiro da verdade e do amor, com o compromisso de carregar na existência a própria mensagem. Todavia, enfrentamos o dilema hodierno de identificar quando os profetas são verdadeiros profetas de Deus. Há igrejas, grupos, seitas e movimentos que se deixam guiar pelas palavras dos profetas. Em muitos casos trazendo muita confusão, divisão e transtorno no seio da igreja do Senhor e na cabecinha de muita gente.

Como discípulo de Jesus eu creio em profetas. Conseqüentemente em profecias. Porém, na qualidade de discípulo de Jesus, também, busco discernir quando os profetas são profetas. Profetas são profetas quando:

São boca de Deus. O texto de Jeremias supracitado confirma esta verdade. A Palavra de Deus na boca de um profeta torna-o boca de Deus na terra. Um profeta autêntico carrega a Palavra de Deus em seus lábios. Não fale de si mesmo. Não profere palavras próprias. Na sua boca só se acha Palavra de Deus.

São homens-mulheres da verdade. “Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra de Senhor na tua boca é verdade”. Este foi o testemunho da viúva de Sarepta acerca de Elias. Ela afirma que Elias era um homem de verdade. Profetas são profetas quando são da verdade, falam da verdade, vivem a verdade e lutam pela verdade.

São confirmados na história. O método divino de se identificar um profeta era se sua mensagem pudesse ser confirmada na história como cumprimento profético. “Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor,e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou” (Dt 18.2,22). Ou seja: palavra profética que não se cumpre, ou que se tenha que dar um jeito brasileiro evangélico de dar certo, não pode ser palavra do Senhor.

São coerentes com a Palavra. Paulo diz que a profecia deve ser julgada. O medidor, aferidor ou termômetro deste julgamento é a Palavra de Deus. Portanto, qualquer profecia ou orientação profética que não passe no crivo da Escritura não pode ser considerada Palavra de Deus na boca de quem quer que seja. A Palavra é a Grande profecia! A Palavra é o guia de fé e prática.

Não sei você, mas eu, antes de ouvir qualquer profeta, procuro discernir quando os profetas são profetas.

DESEJOS QUE DEFINHAM ALMA


DESEJOS QUE DEFINHAM ALMA



“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106.15)

Vive-se num contexto hedonista e subjetivo, onde se busca desenfreadamente a realização dos desejos. Infelizmente este espírito hodierno já se apossou do mundo evangélico. As pregações são ofertas para realizações e concreções dos desejos. As orações são súplicas ao divino para materializações dos desejos. As campanhas são verdadeiras procissões e penitências na busca da satisfação dos desejos. Portanto, vivemos na era onde predominam os desejos. O que é surpreendente pela descrição do texto supracitado é que Deus pode satisfazer desejos suicidas de crentes carnais no deserto da vida. Deixando que cada um viva e conviva com as conseqüências dos desejos realizados. Eu, particularmente, já ofereci culto de gratidão a Deus por orações não respondidas. Isto mesmo! Orações não respondidas. Algumas Ele disse: Não! Outras Ele nem se deu o trabalho de responder sequer, dado a idiotice do pedido. Muitos destes pedidos, se atendidos fossem, talvez eu não estivesse digitando este texto. Daí eu ter aprendido bem cedo na vida que há pedidos que definham a alma por algumas razões:

Os desejos definham a alma quando são desejos que combatem contra a alma. Pedro alerta a respeito deste tipo de desejo ao dizer: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências (desejos) carnais que combatem contra a alma” (1 Pd 2.11). Pedro refere-se as cobiças e desejos que são temporários, passageiros e de breve satisfação, como: paixão, amantes, vícios, jogos, etc. Nunca satisfazem a alma. Muito pelo contrário, a deixam desestruturada e vazia. Quantos desejos são acalentados em nossos corações que gradativamente combatem contra a alma.


Os desejos definham a alma quando são contrários aos desejos de Deus. A recomendação do salmista é o seguinte: “Deleita-te também no Senhor, e ele concederá o que deseja o teu coração” (Sl 37.4). É preciso aprender com Jesus a se submeter e invocar o Reino (governo) de Deus sobre nossa vida, pedindo a Deus que cumpra em nós o seu querer. Isto porque a sabedoria não recomenda remar contra a vontade de Deus.


Os desejos definham a alma quando se tornam laços nas mãos do passarinheiro. O apóstolo Tiago refere-se a esta realidade dizendo que “cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.14). De fato, tentação, nada mais é do que o encontro do que em nós é pulsão e desejo com as ofertas da vida, do mundo e do diabo. Este encontro consumado gera o definhar da alma e a morte do ser.


A única saída plausível para que nossos desejos não definhem nossa alma é submetê-los a vontade do Senhor, como fomos ensinados na oração do Pai nosso: “Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

sexta-feira, 4 de março de 2011

UM PASTOR COMPETENTE, QUEM O ACHARÁ?


O trabalho pastoral não é difícil. Tenho que anunciar uma mensagem que não é minha, utilizar uma palavra que não é minha e apresentar uma vontade que não é minha. Quando anuncio o Evangelho, que é de Deus, eu sei que o ministério de Jesus é o exemplo a ser seguido. Quando utilizo a Palavra, que é de Deus, eu sei que não preciso “inventar moda”. Quando invoco o poder, que é de Deus, eu sei que a minha vontade não precisa ser publicada.

O trabalho pastoral não é difícil. Basta conhecer os principais fundamentos da missão. Parece simples demais? Mas é mesmo! Vejamos: enquanto pastor, eu devo conduzir homens e mulheres aos pastos verdejantes e às águas límpidas e tranqüilas, para que lá saciem a fome e matem a sede. Eu conduzo, mas Deus dá o pasto e a água.

Mas então, por que ainda erramos? Afinal, se o trabalho é tão simples, por que temos a sensação de que poderia ter sido melhor? Eis a resposta: muitas vezes saio do trivial em busca de emoções pautadas pela minha própria vontade, e as minhas idiossincrasias passam a ser vistas como “sonhos de Deus”. Agir assim é um passo para a incompetência.

Diariamente corremos o risco de nos tornarmos pastores incompetentes. Você sabia disso?

Serei um pastor incompetente se render-me às exigências de um mercado religioso que me obriga a empanzinar as ovelhas com novidades espirituais geradas pela conveniência humana, ao invés de tratá-las com a simplicidade e coerência do pasto criado pessoalmente por Deus. Isto é incompetência.

Serei um pastor incompetente se me deixar subjugar pelas cobranças de um ministério messiânico, onde devo ter resposta para todas as dúvidas, resoluções para todos os problemas, mensagens para todos os encontros, tempo para todas as visitas, dinheiro para todas as literaturas e congressos, sorriso para todos os momentos e disposição para todos os “happy hours” da fé. E, além disso, jamais poderei ser assertivo (proibido dizer “não”). Isto é incompetência.

Serei um pastor incompetente se me permitir acreditar que sou o dono da verdade. Um pastor que insiste em manter a sua “verdade” a qualquer custo gera um processo cancerígeno em sua comunidade. Se não há paz em um ministério pastoral, não será a verificação de teses e procedimentos que trará de volta a segurança ministerial. Nem sempre um pastor deixa uma igreja por estar errado, mas um pastor sempre estará errado ao insistir ficar onde já não há mais lugar para a sua “verdade”. Isto é incompetência.

Serei um pastor incompetente se ceder aos infames convites de “multiplicação compulsória do reino de Deus”. O pastor que se rende aos delírios de grupos sectários demonstra que a sua carência e auto-estima chegou ao menor nível possível. A igreja se torna a “Porta da Esperança” com ovelhas “cabos eleitorais”, como se ter gente ao seu lado pudesse ser a prova de que dividir uma igreja faz parte da vontade de Deus. Isto é incompetência.

Não quero ser um pastor incompetente. Não quero me render ao mercado religioso e fingir ter o segredo de todas as fórmulas de crescimento e sucesso. Quero ser eu mesmo. Quero lutar para eliminar os meus erros, aprimorar as minhas boas qualidades, viver a realidade na qual o meu Senhor me colocou. Quero ser competente.

Não quero ser um pastor incompetente. Não quero deixar que me façam acreditar que posso ser o Messias. Não sou o responsável por todas as tarefas da igreja. Quero ser eu mesmo. Quero lutar para eliminar a falta de coragem, para delegar aos servos de Deus a sua parte no empreendimento e para realizar o trabalho que pulsa forte em minhas veias. Quero ser competente.

Um dia entrei em crise! Precisava decidir entre ser um pastor incompetente (e lançar mão de todas as estratégias possíveis e impossíveis para fazer “meu” ministério crescer), ou ser um pastor competente (e ter coragem de utilizar as ferramentas e oportunidades dadas por Deus, sempre em obediência e submissão a Sua tão conhecida ética comportamental e relacional). Em meio à crise fui surpreendido pelas palavras de um amigo distante que, apesar de não o ter conhecido pessoalmente, me fez perceber a importância de suas palavras ao meu ministério:

“...pastoreie o rebanho de Deus que está aos teus cuidados. Olhe por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não faça isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não aja como dominador dos que a ti foram confiados, mas seja um exemplo para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, tu receberás a imperecível coroa da glória” 1 Pe 5.2-4.

site: www.institutojetro.com


Data: 3/3/2011 09:13:39

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Chegou WEB TV Alcançados pela Graça



Graça e Paz

Somos um canal interdenominacional que visa através da internet, levar a você, a Palavra de Deus, Música, e entretenimento, pois acreditamos neste poderoso canal de comunicação, capaz de atingir todo o planeta com apenas um toque.
Criado pelo pastor Roberto Rodrigues em 2010, a proposta deste canal é alcançar o maior número possível de vidas, com a mensagem salvadora do evangelho, que cura, liberta e conduz aos céus, é pela Graça que este veículo foi criado, como também acreditamos que: Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; Efésios 02:08
Queremos transmitir a Vida que existe em Jesus Cristo, seja em Ministrações ao vivo ou através de gravações, ore e divulgue este canal, o seu apoio sem dúvida nos levará a grandes conquistas.
Agora navegue pelo nosso site, seja tocado por Deus e aproveite tudo o que já foi preparado com todo carinho para você, internauta e que Graça de Deus te Alcance em qualquer ponto deste mundo criado pelo poderoso Deus. “Alcançados pela Graça levando a Graça através de um toque“

No Amor de Cristo,

Pastor Roberto Rodrigues

O CAMINHO DAS EXTERIORIDADES


“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles” (Mt 6.1)


A grande decisão do ser é em ser ou aparecer. Não é preciso dizer qual a decisão da maioria. Por esta razão penso ser propícia esta abordagem neste início de ano, no propósito de que você não faça parte desta maioria que escolhe sempre aparecer. Isto, porque, se a decisão for aparecer ao invés de ser, deve-se saber que este é o caminho das exterioridades, e, portando, quais são as suas dimensões. O caminho das exterioridades sempre será um:

Caminho de Inveja. Isto, porque, quem vive de aparências tende a desejar aquilo que se vê. Portanto, a inveja ou desejo de ter ou estar no lugar de outro vai se tornando um sentimento comum no coração de quem vive de exterioridades. Aprende-se a valorizar a estética, a aparência, o biótipo. Neste caso não se dá valor as virtudes. A exterioridade ainda nos conduz a um:

Caminho de Comparações. Quem vive apenas daquilo que se vê, vive se comparando, se medindo, se avaliando a partir dos outros. Se tudo é aparência para quem anda neste caminho, medir-se pela coletividade torna-se a regra. Não tem sido assim na igreja por exemplo. Não há mais individualidades sadias. Ou diversidades na unidade, conforme o NT, mas mediocridades [medíocre vem de médio, mediano, medir, comparar]. Tem sido assim a sua vida? Exterioridade também leva ao:

Caminho de Competitividades. É lógico que quem se compara compete. Não há como não desembocar neste estado de espírito competitivo num mundo de exterioridades. Pois num mundo de interioridades, onde os valores são internos, não há porque competir, até porque não há como medir. Já no mundo das exterioridades tudo é competitivo, pois tudo é visto e comparado, avaliado e medido. Exterioridade ainda conduz ao:

Caminho de Impressões. Impressões são deduções que se faz do outro a partir do que vê. O grande perigo das impressões é que na maioria absoluta das vezes elas são enganosas. Isto é: tudo o que se baseia apenas nas aparências terá sempre a tendência do engano e das ilusões. É semelhante à Denorex: parece, mas não é. Não maioria das vezes não é assim que agimos? Por último exterioridade desemboca no:

Caminho da Opinião Pública. É a partir daí que se vive apenas da opinião dos outros. O que dizem, pensam, falam, opinam, etc. Passa-se a não ter vida própria, mas vida coletiva. Deixa-se de ter vida privada para ter vida pública.

Portanto, o convite de Deus a você neste início de 2011 é para que faça um caminho para dentro. Ou seja: um caminho das interioridades. Um caminho do ser; e, não do aparece

O Selo da Humanidade: Encarnação da palavra


“E o verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (Jo 1.14)

Para Paulo, isso implicava na renúncia de palavras elevadas de sabedoria e de qualquer exibição de seu próprio poder espiritual (muito embora, no seu tempo e no seu contexto, o uso desses recursos poderia ter assegurado seu conceito e impacto como verdadeiro homem de Deus). Para Paulo, a palavra de Deus é a palavra que ele só é capaz de proferir na realidade de sua própria humanidade [...] Da mesma forma, ao discutir a fala durante a adoração, ele instrui sua congregação a não entregar-se à sua própria plena possessão do Espírito, mas a falar de modo compreensível e razoável, A humanidade tornou-se o sinal e o selo da divindade da palavra.a fim de que o incrédulo a compreenda, seja confrontado e tome consciência de que o próprio Deus o está chamando, e possa confessar: “Deus está de fato entre nós!”

A palavra de Deus, portanto, deve ser entregue humanamente, e sua divindade deve ser proclamada e apreendida em sua humanidade. Precisamente por essa razão Paulo não se comportou como um dos milagreiros que naquele tempo enchiam o mundo, como alguém que tem à sua disposição poderes e revelações divinos. Ao contrário, entregou sua palavra e fez o seu trabalho de modo muito singelo, como servo de Cristo, como prisioneiro de Cristo simultaneamente liberto por Cristo, como mordomo dos mistérios de Deus que deseja ser julgado por Deus e pelos homens exclusivamente pela medida da sua fidelidade: pois a palavra de Deus não chega até nós senão na vestimenta dessa humanidade.

O segredo primário e intrínseco ao qual nos direciona a mensagem do Novo Testamento é de que a palavra de Deus tornou-se um com a palavra humana: que veio até nós e tornou-se compreensível numa palavra humana. Sob essa luz é necessário ponderar a fundo a mensagem do próprio Jesus nos evangelhos [...] A palavra de autoridade de Jesus soa sempre inteiramente humana: a palavra de Deus na mais simples das palavras humanas.

Quando se considera que todas as religiões, e em particular a religião judaica do tempo de Jesus, tinha antes de tudo que colocar em andamento um poderoso aparato de sacrifício e de culto, de ordenanças hierárquicas e tradições sagradas, de teologia e de aprendizado das escrituras, a fim de unir Deus e homem e ordenar o seu relacionamento mútuo, percebe-se com maravilha e assombro o quanto tudo é diferente nos evangelhos quando Jesus encontra os homens, entrega sua mensagem e realiza seus feitos. Sob sua palavra, toda a rígida estrutura social em que todos – judeus e gentios, religiosos e irreligiosos, fariseus e pecadores – têm seu lugar imutável, torna-se nula e sem efeito: cai por terra [...] Aqui não é necessário que sejam dadas cansativas instruções dogmáticas, que algum teste seja feito, que qualquer exame de fé seja conduzido, que quaisquer pressupostos sejam antes de tudo estabelecidos, a fim de que aquele que a ouve receba a mensagem. Ao mesmo tempo, nada há de promessas vazias, de intenções e de esperanças vagas para um futuro incerto. A palavra de Deus tornou-se uma com a mais simples das palavras humanas: é esse, na verdade, o mistério de toda a mensagem de Jesus. A humanidade tornou-se muito claramente o sinal e o selo da divindade da palavra.