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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sirvo a Deus a 27 anos, sou casado com a linda Cristiane Rodrigues, tenho dois filhos maravilhosos o Fellipe e o Murillo Henrique, sou pastor adjunto do Ministério Restauração da Fé, aqui em São Paulo e quanto mais o tempo passa mais me apaixono por Jesus Cristo e pela sua obra.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Caminho Absoluto do Discípulo


“Assim... quem não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14.33)

É impressionante observar em Jesus a indisposição de insistir que alguém o siga. Muito pelo contrário, os Evangelhos registram casos de desestímulo da parte dele a quem se candidatou segui-lo. Isto pela simples razão de que no caminho do discípulo não há espaço para a relativização. Não há relativização no discipulado.



Nesta parábola da providência Jesus implicitamente diz que nem todos estão dispostos a serem discípulos. Diz também, que é preciso preparar-se e conscientizar-se das implicações do discipulado. Diz ainda, que o caminho do discípulo se faz na estrada do absoluto. Veja o que é exigido em caráter absoluto do discípulo que se dispõe a seguir Jesus:



Amor Absoluto. “Se alguém vier a mim, e não aborrecer (amar menos) a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”. Esta é uma exigência aparentemente absurda. Quem não for capaz de amar a Deus mais do que a própria vida, não pode ser discípulo de Jesus.



Compromisso Absoluto. “E qualquer que não levar a sua cruz... não pode ser meu discípulo”. A expressão “levar a cruz” significava levar um compromisso assumido até o fim. Significava não recuar, não voltar, não desistir. Quem pusesse a mão no arado não podia olhar para trás! Era como um construtor que precisava avaliar previamente as possibilidades de levar a sua construção até o fim. Ou um rei que precisava diagnosticar de antemão as chances de vencer uma guerra. Seguir Jesus é ter a consciência de que o compromisso é eterno!



Entrega Absoluta. “E qualquer que... não vier após mim, não pode ser meu discípulo”. Ser discípulo não é seguir um sistema, uma instituição ou um credo. Ser discípulo não é pertencer a uma igreja, denominação, associação ou convenção. Ser discípulo não é fazer profissão de fé calvinista, arminiana, luterana, anglicana ou pentecostal. Ser discípulo não é seguir vultos da história da igreja, como Calvino ou Armínio. Ser discípulo é seguir Jesus de Nazaré. Só isso, e nada mais.



Renúncia Absoluta. “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo”. Discípulo que não é capaz de abrir mão de coisas que possui para seguir Jesus, não é discípulo de Jesus. A chamada ao discipulado já carrega em si mesma a renúncia. Pois é uma chamada a deixar a própria vida para ser absorvido pela Vida. Isto pela simples razão de que quem tem o Filho tem a Vida, quem não tem o Filho não tem a Vida. O Pai da fé, Abraão, teve de provar sua renúncia absoluta como discípulo de Jesus no episódio do monte Moriá.



Dito isto, resta-nos apenas a decisão de - após calcularmos as conseqüências da mesma - seguir os passos de Jesus no chão e na estrada do absoluto.

“Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24)


Li esta semana um texto escrito por São Francisco de Assis por volta de 1221, intitulado Por Tão Pouco, e fiquei me perguntando: Estaríamos tão distante da proposta de abnegação e desprendimento do Reino de Deus? Veja o texto:
“O Senhor ensina no evangelho: vigiai, permanecendo atentos contra toda malícia e cobiça. Guardai-vos de todas as ansiedades deste mundo e dos cuidados desta vida.


Portanto que nenhum dos irmãos, não importando para onde vá, leve consigo, receba ou tenha recebido qualquer forma de dinheiro ou de moeda, quer seja para vestuário, livros ou para o pagamento de qualquer trabalho – de fato, não por qualquer razão, a não ser por uma necessidade evidente de irmãos enfermos; porque não devemos de modo algum pensar que moeda ou dinheiro tenham utilidade maior do que pedras. O diabo quer cegar aqueles que desejam dinheiro e moedas ou consideram-nos melhores do que pedras. Nós, que abandonamos todas as coisas, tenhamos então cuidado para não perder o reino do céu por tão pouco.


Se encontrarmos moedas em algum lugar, não prestemos mais atenção a elas do que ao pó que pisamos com os pés, pois “vaidade das vaidades, e tudo é vaidade”. Se, por acaso e Deus não o permita, acontecer de algum irmão coletar ou carregar moeda ou dinheiro, a não ser pela supramencionada necessidade dos enfermos, que todos os irmãos passem a considerá-lo um irmão enganador, um apóstata, um ladrão, um assaltante e como aquele que levava a bolsa de dinheiro, a não ser que sinceramente se arrependa.


Que os irmãos de modo algum recebam, combinem de receber, coletem ou combinem de coletar dinheiro para colônias de leprosos ou moedas para qualquer outra casa ou lugar, e que não acompanhem ninguém que esteja pedindo dinheiro ou moedas para tal lugar. Porém os irmãos podem prestar para esses lugares outros serviços não contrários à nossa vida com a benção de Deus. Os irmãos podem pedir coisas que venham atender uma necessidade manifesta dos leprosos, mas devem tomar muito cuidado com o dinheiro. Semelhantemente, que todos os irmãos cuidem para não passar pelo mundo tendo como objetivo o sórdido lucro.”


Estaríamos tão distante assim do contentamento proposto por Paulo a Timóteo (1 Tm 6.6-11)? Ou, então, não entendemos o desafio imposto por Jesus a mancebo rico (Lc 18.22-24). O que diríamos das mensagens pregadas por televangelistas ensinando a profetizar e declarar riquezas? O que falar dos muitos ensinos para que se contribua com alguma causa gospel a fim de enriquecer mais? O que dizer de livros e Bíblias de estudos ensinando como se tronar mais próspero?


Tenho a impressão de que São Francisco de Assis entendeu, viveu e pregou melhor do que a maioria de nós a grande proposta do Reino de Deus: o desprendimento.

OS CAMINHOS SUICIDAS DA DESOBEDIÊNCIA


“E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor...” (Jn 1.3)

Jonas é figura bíblica associada à desobediência. Sua história revela-se como uma grande ironia e algumas peculiaridades, tais como: apesar de sua mensagem não ser de esperança, provoca uma conversão generalizada; apesar deste resultado desejado por qualquer pregador – e nem Jesus o alcançou – ele fica ressentido e aborrecido com Deus. Todavia, e, sobretudo, a história de Jonas se relaciona aos caminhos suicidas da desobediência que ele trilhou.

Ele é conhecido como o profeta que decide viver e andar na contra mão da vontade de Deus para sua própria vida. Tornando, assim, esta decisão uma decisão suicida na existência. Não diferente de Jonas, muitos são os que andam trilhando caminhos suicidas de desobediência a Deus. Caminhos de morte e não de vida. Verdadeiros abismos de perdição. Isto, porque, todo caminho de desobediência se faz suicida pelas seguintes razões:

Conduz o mais distante possível do ideal de Deus para o homem, fazendo-o viver em um estado de constante fuga de Deus e de tudo na existência. Jonas decide ir para “Tarsis”. Isto equivale dizer hoje que se vai para china. Ou seja: o mais distante possível da realidade, do problema, de Deus e de tudo. Você tem enfrentado a vida de frente?

Adormece o ser profundamente na existência, a ponto de na perceber a circunstância perigosa em que se encontra; e que muitas vezes coloca os outros. O texto dá conta de que enquanto todos tentavam sobreviver à grande tempestade, Jonas dormia profundamente. Enquanto os pagãos oravam aos seus respectivos deuses, Jonas roncava. Este é o sentido original do texto: Jonas dormia a ponto de roncar. Quantos vivem assim... completamente alienados na vida. Seria este o seu caso?

Coloca o homem como um ser inferior a criação. Ou seja: com menos discernimento e disposição de ouvir a voz de Deus que o resto da criação, mesmo sendo o único ser criado a “imagem e semelhança de Deus”. É irônico, ao tempo que impressionante, o fato de que neste livro a criação tem mais sensibilidade à voz divina que o profeta Jonas. Deus dá ordem a uma tempestade, e ela obedece; a um grande peixe, e ele obedece; a uma aboboreira, e ela obedece; a um bicho, e ele obedece. Até a ímpia cidade de Nínive discerne a voz de Deus diante da mensagem de desesperança pregada por Jonas e se arrepende. Jonas é o único que sendo humano, profeta e tendo ouvido com toda a clareza a voz de Deus, não o obedece. Você tem sido assim?

Motiva a busca de alternativas suicidas a fim de não optarmos pela disposição de fazer a vontade de Deus. Jonas ao ser identificado e argüido pelo capitão do navio, prefere ser lançado ao mar a dispor-se fazer a vontade de Deus. Ele nem mesmo atende ao apelo do capitão para orar a Deus. Bastava uma oração de arrependimento e compromisso e o mar se acalmaria. Ele prefere morrer. Quem sabe não tem sido assim as suas decisões na vida?

Torna o ser azedo e ressentido na vida a ponto de se tornar insensível a graça de Deus e ao valor da vida. O azedume na existência faz o ser ficar insensível a graça de Deus em favor dos outros e dele mesmo. Sem falar na desvalorização da vida em detrimento de coisas. Jonas, além de não entender o amor salvífico de Deus por Nínive, doeu-se mais pela morte da aboboreira do que da possível morte de uma cidade inteira. Será que você já ficou assim?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

*QUANDO O BEM NÃO É BOM*


*QUANDO O BEM NÃO É BOM*

*"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem..." (Rm
8.28)*

Tendo em vista que os caminhos e os pensamentos de Deus não são os nossos é
fácil compreender porque na perspectiva humana, limitada e racional nem todo
o bem é bom. Esta é uma distinção sob a perspectiva divina. Ou seja: só ele
sabe quando algo é para o bem, independente de ser a nossa vista algo bom.
Melhor... sob o ponto de vista de Deus tudo, relacionado aos que o amam e
são por ele chamados é para o bem, independente de ser bom. Qual então a
diferença básica?

Bom é tudo aquilo que nos agrada; que massageia nosso ego; que não nos trás
dor ou sofrimento; que nos dê resultados imediatos e satisfatórios; que nos
dê poder, fama e dinheiro; que realize milagres extraordinários; que nos
traga grandes alegrias e nos dê sempre a sensação de bênçãos.

Bem é tudo o que não trás dinheiro, mas trás prosperidade; que mesmo não
trazendo alegrias, trás felicidade; que não opera milagres, mas forma o
caráter; que não se preocupa com o meio do processo, mas com o fim dele; que
não aponta somente o alvo, mas o trajeto a percorrer; que não se preocupa
com dons ou capacitações, mas com frutos e ações.

A grande questão é que o que chamamos de bom nem sempre Deus chama de bem; e
o que Deus chama de bem na maioria das vezes não é bom. A pergunta é
simples: Quem dos mortais sabe o que é bom ou bem? De onde vem o nosso
discernimento de bem e mal, de bom e ruim. Todo o conhecimento humano vem da
Árvore do Conhecimento do bem e do mal dentro de um contexto de engano,
conforme Gênesis 3.

Por esta razão devemos crer que o único sabedor do bem e do mal é o
Onisciente Senhor dos céus e da terra que conhece a nossa estrutura e
lembra-se de que somos pó (Sl 103.14). Pois, quem pensa saber o que é
o bemde Deus para o homem a partir do que entendemos ser
bom, não conhece de fato a pessoa de Deus nem entendeu o Evangelho de Jesus.

Em Jesus tudo contribui para o bem. Seja bom ou ruim; do céu ou da terra;
prazeroso ou doloroso. Ou seja: uma vez tendo crido em Jesus, que Deus é bom,
nos ama, e nos tem chamado pelo seu decreto, todas as coisas só contribuirão
em conjunto para um bem maior em nós.

Isto tira nossos olhos do aqui e agora; do imediato e visível; do humano e
terreno; do perecível e material. Minha pergunta final a você é: Por que
insiste em dizer o que é bem ou mal para você ou para os outros, quando só
um é capaz de dizê-lo? Não estaria tentando tomar um lugar que não é seu?

Portanto, sabendo que nem sempre o bem é bom aos nossos olhos, resta-nos
seguir, caminhar e viver pela fé naquele que sabe que nele todas as coisas
contribuem para o bem.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quando os Profetas são Profetas


*"Aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra, com verdade"
(Jr 23.28)*

Ser profeta é ser porta-voz de Deus. É ser mensageiro da verdade e do amor,
com o compromisso de carregar na existência a própria mensagem. Todavia,
enfrentamos o dilema hodierno de identificar quando os profetas são
verdadeiros profetas de Deus. Há igrejas, grupos, seitas e movimentos que se
deixam guiar pelas palavras dos profetas. Em muitos casos trazendo muita
confusão, divisão e transtorno no seio da igreja do Senhor e na cabecinha de
muita gente.

Como discípulo de Jesus eu creio em profetas. Conseqüentemente em profecias.
Porém, na qualidade de discípulo de Jesus, também, busco discernir quando os
profetas são profetas. Profetas são profetas quando:

*São boca de Deus.* O texto de Jeremias supracitado confirma esta verdade. A
Palavra de Deus na boca de um profeta torna-o boca de Deus na terra. Um
profeta autêntico carrega a Palavra de Deus em seus lábios. Não fale de si
mesmo. Não profere palavras próprias. Na sua boca só se acha Palavra de
Deus.

*São homens-mulheres da verdade.* *"Nisto conheço agora que tu és homem de
Deus, e que a palavra de Senhor na tua boca é verdade"*. Este foi o
testemunho da viúva de Sarepta acerca de Elias. Ela afirma que Elias era um
homem de verdade. Profetas são profetas quando são da verdade, falam da
verdade, vivem a verdade e lutam pela verdade.

*São confirmados na história.* O método divino de se identificar um profeta
era se sua mensagem pudesse ser confirmada na história como cumprimento
profético. *"Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o
tal profeta falar em nome do Senhor,e tal palavra se não cumprir, nem
suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou"* (Dt 18.2,22). Ou
seja: palavra profética que não se cumpre, ou que se tenha que dar um jeito
brasileiro evangélico de dar certo, não pode ser palavra do Senhor.

*São coerentes com a Palavra.* Paulo diz que a profecia deve ser julgada. O
medidor, aferidor ou termômetro deste julgamento é a Palavra de Deus.
Portanto, qualquer profecia ou orientação profética que não passe no crivo
da Escritura não pode ser considerada Palavra de Deus na boca de quem quer
que seja. A Palavra é a Grande profecia! A Palavra é o guia de fé e prática.

Não sei você, mas eu, antes de ouvir qualquer profeta, procuro discernir
quando os profetas são profetas.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Egoismo: O Espírito Pós-Moderno


"E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos."
(Lc 12.19)*

Uma das características inconfundíveis destes tempos modernos, chamado de
pós-modernidade, sem dúvida é o espírito egoísta. Este espírito egocêntrico
é completamente oposto ao espírito do Evangelho proposto-pregado por Jesus e
vivido pela igreja primitiva (Lc 6.38; At 2.44,45). O espírito do Evangelho
é altruísta, doador, misericordioso, amoroso, gracioso, comunitário.
Portanto, o espírito deste mundo luta diametralmente em oposição ao espírito
do Evangelho. Isto, dentro e fora da igreja. Pois quando vemos e ouvimos
pregações, louvores, atitudes, propostas, programas etc., que motivam e
alimentam o egoísmo, identificamos um antievangelho. Por isso creio que no
processo de restauração da igreja nestes últimos tempos, este será um dos
elementos que deverá ser eliminado no seio da igreja.

Na parábola do rico insensato [Lucas 12.13-21] Jesus desmascara a índole
natural de todo ser humano: o egoísmo. O rico da Parábola é uma denúncia dos
pecados próprios do egoísmo. Na postura desse homem rico e egoísta
enxergamos pelo menos quatro pecados:

*Auto-suficiência:* desejo pelo direito de não depender de ninguém. Este é
um sinal presente na vida de muitos que se dizem crentes em Jesus. Esta é a
busca de todo ser humano: independência divina e humana.

*Egocentrismo:* desejo pelo direito de poder viver sem qualquer consideração
pela vontade e pelas necessidades dos outros. Não é o que vemos hoje no
dia-a-dia das pessoas? Cada um por si e Deus por todos. Não há qualquer
interesse pela dor e a necessidade alheia ou em ajudar o próximo.

*Prepotência:* anseio pelo distanciamento completo dos embaraços do mundo -
acredita estar numa bolha de proteção dentro da qual o sofrimento não
existe, como se sua riqueza fosse uma blindagem contra o sofrimento. Não é o
que prega a teologia da prosperidade? Não é o que muitos crentes buscam?
Como se acredita que o poder financeiro fornece esta prepotência, a busca
desenfreada pelo Mamon [o deus das riquezas] explica-se.

*Hedonismo:* uma completa negação do mundo, uma forma de negar e afastar-se
das complicações da vida, uma entrega absoluta de si mesmo ao prazer:
*"descansa,
coma, beba e divirta-se"*. O que o mundo de hoje tem desejado se não o
prazer? Inclusive na igreja não se deseja nada que não seja prazer: culto
prazeroso, pregação gostosa, louvor agradável etc.. Quando não agrada,
busca-se outra igreja. É isto o que os pregadores vendem nos templos e os
freqüentadores compram nas campanhas com a moeda da fé.

Aí você me pergunta: Como salvar-se disso? Buscando a praticidade de um
Evangelho comunitário que compartilha o amor como único meio pelo qual
seremos avaliados por Deus na eternidade [Mt 25.34-46].

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tempo de Restauração


*"O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo..."
(At 3.21)*

Restaurar é trazer a origem. É recuperar o que se perdeu. Pedro afirma em
sua pregação que os céus estão contendo a volta de Cristo até que se
completem o processo de restauração divina de todas as coisas; dentre elas,
a verdade e glória da sua igreja. Como sinais dos tempos e dos últimos dias,
o Novo Testamento afirma que paralelamente a multiplicação da iniqüidade e
ao esfriamento do amor, experimentaríamos um derramamento do Espírito Santo
e um processo de reavivamento e restauração. Isto pode ser observado na
história da Igreja a partir da Reforma Protestante. A despeito de alguns
valores que à partir da Reforma Protestante já foram restaurados a igreja
militante, outros elementos ainda precisam sofrer uma profunda restauração.
Vejamos alguns:

*A restauração da verdade* (Rm 1.25). Paulo afirma que "mudaram a verdade de
Deus em mentira". Esta foi a tentativa do movimento de reforma: trazer a
verdade de Deus de volta a vida da igreja. O que vemos e ouvimos nos dias
atuais são a confirmação de que estão mudando a verdade do Evangelho, dentro
e fora das igrejas. Hoje, sem o crivo da Palavra, não se pode mais avaliar o
que seja verdade ou mentira.

*A restauração dos ministérios* (Jr 3.15). A promessa foi de líderes
"segundo o meu coração", disse o Senhor. O que falar dos líderes de hoje? O
que dizer destes que só buscam títulos, como o de patriarca? Poderíamos
dizer que estes líderes são segundo o coração de Deus? Precisamos
urgentemente de uma restauração nos ministérios e dons de Deus dados a sua
igreja. Pois o que estamos vendo são falsos líderes, com falsos dons,
possuindo falsos ministérios.

*A restauração do povo-igreja* (Tt 2.14). Paulo afirma que Deus se deu a si
mesmo para "purificar para si um povo seu especial". Creio que não haverá
discordantes quanto ao fato de que o povo-igreja hodierno não é o mesmo dos
tempos primitivos. Que povo é este que se diz povo de Deus? Que gente é esta
que diz que vai morar no céu? Deus precisa restaurar o seu povo.

*A restauração da adoração* (Jo 4.24). Não há nem o que acrescentar ao fato
de que a verdadeira adoração se perdeu faz tempo no seio da igreja. Só o
fato de os agraciados com o Dom do cântico e do louvor se deixarem vender
por cachês e vendas de cd´s e dvd´s, revela no que se transformou a adoração
hoje. Sem falar no reducionismo do termo adoração ao simples cantar nos
palcos das igrejas ou fora dela. Deus continua em busca de verdadeiros
adoradores. De gente compromissada com Ele, e não com contratos e
gravadoras.

Que se busque e ore pelos Tempos da Restauração de Tudo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PASTOR É CONTRA ORDENAÇÃO FEMININA

PASTOR É CONTRA ORDENAÇÃO FEMININA
Augustus Nicodemos em artigo opina que costume não tem base bíblica

As mulheres estão cada vez mais em busca de seu espaço no mercado de trabalho e no ministério pastoral, mas para o reverendo Augustus Nicodemos as mulheres não devem assumir cargos de liderança cristã. No artigo ele não legitima tal posição.
Na carta, endereçada a uma bispa Evônia - nome fictício dado por ele-, ele coloca oito pontos que servem de argumento a sua decisão. Entre os quais que a liderança da igreja foi entregue Senhor Jesus e por seus apóstolos a homens cristãos qualificados. “ E este padrão, claramente encontrado na Bíblia, vale como norma para nossos dias, pois se baseia em princípios teológicos e não culturais.” Confira o artigo na íntegra:
Carta à Bispa Evônia*

[*Nota – é mais uma carta ficticia, gênero que uso como maneira de tornar as minhas idéias mais interessantes para o leitor. Minha esposa não tem (ainda) nenhuma amiga que virou bispa.]

Minha cara Evônia,

Minha esposa me falou do encontro casual que vocês duas tiveram no shopping semana passada. Ela estava muito feliz em rever você e relembrar os tempos do ginásio e da igreja que vocês frequentavam. Aí ela me contou que você foi consagrada pastora e depois bispa desta outra denominação que você tinha começado a frequentar.

Ela também me mostrou os e-mails que vocês trocaram sobre este assunto, em que você tenta justificar o fato de ser uma pastora e bispa, já que minha esposa tinha estranhado isto na conversa que vocês tiveram. Ela me pediu para ler e comentar seus argumentos e contra-argumentos. Não pretendo ofendê-la de maneira nenhuma – nem mesmo conheço você pessoalmente. Mas faço estes comentários para ver se de alguma forma posso ser útil na sua reflexão sobre o ter aceitado o cargo de pastora e de bispa.

Acho, para começar, que você ser bispa vem de uma atitude de sua comunidade para com as Escrituras, que equivale a considerá-la condicionada à visão patriarcal e machista da época. Ou seja, ela é nossa regra, mas não para todas as coisas. Ao rejeitar o ensinamento da Bíblia sobre liderança, adota-se outro parâmetro, que geralmente é o pensamento e o espírito da época.

E é claro, Evônia, que na nossa cultura a mulher – especialmente as inteligentes e dedicadas como você – ocupa todas as posições de liderança disponíveis, desde CEO de empresas a presidência da República – se a Dilma ganhar. Portanto, sem o ensinamento bíblico como âncora, nada mais natural que as igrejas também coloquem em sua liderança presbíteras, pastoras, bispas e apóstolas.

Mas, a pergunta que você tem que fazer, Evônia, é o que a Bíblia ensina sobre mulheres assumirem a liderança da igreja e se este ensino se aplica aos nossos dias. Não escondo a minha opinião. Para mim, a liderança da igreja foi entregue pelo Senhor Jesus e por seus apóstolos a homens cristãos qualificados. E este padrão, claramente encontrado na Bíblia, vale como norma para nossos dias, pois se baseia em princípios teológicos e não culturais. Reflita no seguinte.

1. Embora mulheres tenham sido juízas e profetisas (Jz 4.4; 2Re 22.14) em Israel nunca foram ungidas, consagradas e ordenadas como sacerdotisas, para cuidar do serviço sagrado, das coisas de Deus, conduzir o culto no templo e ensinar o povo de Deus, que eram as funções do sacerdote (Ml 2.7). Encontramos profetisas no Novo Testamento, como as filhas de Felipe (At 21.9; 1Co 11.5), mas não encontramos sacerdotisas, isto é, presbíteras, pastoras, bispas, apóstolas. Apelar à Débora e Hulda, como você fez em seu e-mail, prova somente que Deus pode usar mulheres para falar ao seu povo. Não prova que elas tenham que ser ordenadas.

2. Você disse à minha esposa que Jesus não escolheu mulheres para apóstolas porque ele não queria escandalizar a sociedade machista de sua época. Será, Evônia? O Senhor Jesus rompeu com vários paradigmas culturais de sua época. Ele falou com mulheres (Jo 8.10-11), inclusive com samaritanas (Jo 4.7), quebrou o sábado (Jo 5.18), as leis da dieta religiosa dos judeus (Mt 7.2), relacionou-se com gentios (Mt 4.15). Se ele achasse que era a coisa certa a fazer, certamente teria escolhido mulheres para constar entre os doze apóstolos que nomeou. Mas, não o fez, apesar de ter em sua companhia mulheres que o seguiam e serviam, como Maria Madalena, Marta e Maria sua irmã (Lc 8.1-2).

3. Por falar nisto, lembre também que os apóstolos, por sua vez, quando tiveram a chance de incluir uma mulher no círculo apostólico em lugar de Judas, escolheram um homem, Matias (At 1.26), mesmo que houvesse mulheres proeminentes na assembléia, como a própria Maria, mãe de Jesus (At 1.14-15) – que escolha mais lógica do que ela? E mais tarde, quando resolveram criar um grupo que cuidasse das viúvas da igreja, determinaram que fossem escolhidos sete homens, quando o natural e cultural seria supor que as viúvas seriam mais bem atendidas por outras mulheres (Atos 6.1-7).

4. Tem mais. Nas instruções que deram às igrejas sobre presbíteros e diáconos, os apóstolos determinaram que eles deveriam ser marido de uma só mulher e deveriam governar bem a casa deles – obviamente eles tinham em mente homens cristãos (1Tm 3.2,12; Tt 1.6) e não mulheres, ainda que capazes, piedosas e dedicadas, como você. E mesmo que reconhecessem o importante e crucial papel da mulher cristã no bom andamento das igrejas, não as colocaram na liderança das comunidades, proibindo que elas ensinassem com a autoridade que era própria do homem (1Tm 2.12), que participassem na inquirição dos profetas, o que poderia levar à aparência de que estavam exercendo autoridade sobre o homem (1Co 14.29-35). Eles também estabeleceram que o homem é o cabeça da mulher (1Co 11.3; Ef 5.23), uma analogia que claramente atribui ao homem o papel de liderança.

5. Você retrucou à minha esposa na troca de e-mails que nenhuma destas passagens se aplica hoje, pois são culturais. Mas, será, Evônia, que estas orientações foram resultado da influência da cultura patriarcalista e machista daquela época nos autores bíblicos? Tomemos Paulo, por exemplo. Será que ele era mesmo um machista, que tinha problemas com as mulheres e suspeitava que elas viviam constantemente tramando para assumir a liderança das igrejas que ele fundou, como você argumentou? Será que um machista deste tipo diria que as mulheres têm direito ao seu próprio marido, que elas têm direitos sexuais iguais ao homem, bem como o direito de separar-se quando o marido resolve abandoná-la? (1Co 7.2-4,15) Um machista determinaria que os homens deveriam amar a própria esposa como amavam a si mesmos? (Ef 5.28,33). Um machista se referiria a uma mulher admitindo que ela tinha sido sua protetora, como Paulo o faz com Febe (Rm 16.1-2)?

6. Agora, se Paulo foi realmente influenciado pela cultura de sua época ao proibir as mulheres de assumir a liderança das igrejas, o que me impede de pensar que a mesma coisa aconteceu quando ele ensinou, por exemplo, que o homossexualismo é uma distorção da natureza acarretada pelo abandono de Deus (Rm 1.24-28) e que os sodomitas e efeminados não herdarão o Reino de Deus (1Co 6.9-11)? Você defende também, Evônia, que estas passagens são culturais e que se Paulo vivesse hoje teria outra opinião sobre a homossexualidade? Pergunto isto pois em outras igrejas este argumento está sendo usado.

7. Tem mais, se você ainda tiver um tempinho para me ouvir. As alegações apostólicas não me soam culturais. Paulo argumenta que o homem é o cabeça da mulher a partir de um encadeamento hierárquico que tem início em Deus Pai, descendo pelo Filho, pelo homem e chegando até a mulher (1Co 11.3).[1] Este argumento me parece bem teológico, como aquele que faz uma analogia entre marido e mulher e Cristo e a igreja, “o marido é o cabeça da mulher como Cristo é o cabeça da igreja” (Ef 5.23). Não consigo imaginar uma analogia mais teológica do que esta para estabelecer a liderança masculina. E quando Paulo restringe a participação da mulher no ensino autoritativo –que é próprio do homem – argumenta a partir do relato da criação e da queda (1Tm 2.12-14).[2]

8. Você já deve ter percebido que para legitimar sua posição como bispa você teve que dar um jeito neste padrão de liderança exclusiva masculina que é claramente ensinado na Bíblia e na ausência de evidências de que mulheres assumiram esta liderança. Não tem como aceitar ser bispa e ao mesmo tempo manter que a Bíblia toda é a Palavra de Deus para nossos dias. E foi assim que você adotou esta postura de dizer que a liderança exclusiva masculina é resultado da cosmovisão patriarcal e machista dos autores do Antigo e Novo Testamentos, e que portanto não pode ser mais usada em nossos dias, quando os tempos mudaram, e as mulheres se emanciparam e passaram a assumir a liderança em todas as áreas da vida. Em outras palavras, como você mesmo confirmou em seu e-mail, a Bíblia é para você um livro culturalmente condicionado e só devemos aplicar dele aquelas partes que estão em harmonia e consenso com nossa própria cultura. Eu sei que você não disse isto com estas exatas palavras, mas a impressão que fica é que você considera a Bíblia como retrógrada e ultrapassada e que o modelo de liderança que ela ensina não serve de paradigma para a liderança moderna da Igreja de Cristo.

Quando se chega a este nível, então, para mim, a porta está aberta para a entrada de qualquer coisa que seja aceitável em nossa cultura, mesmo que seja condenada nas Escrituras. Como você poderá, como bispa, responder biblicamente aos jovens de sua igreja que disserem que o casamento está ultrapassado e que sexo antes do casamento é normal e mesmo o relacionamento homossexual? Como você vai orientar biblicamente aquele casal que acha normal terem casos fora do casamento, desde que estejam de acordo entre eles, e que acham que adultério é alguma coisa do passado?

Sabe Evônia, você e a sua comunidade não estão sozinhas nessa distorção. Na realidade esse pensamento é também popularizado por seminários de denominações tradicionais e professores de Bíblia que passaram a questionar a infalibilidade das Escrituras, utilizando o método histórico crítico, ensinando em sala de aula que Paulo e os demais autores do Novo Testamento foram influenciados pela visão patriarcal e machista do mundo da época deles. Só podia dar nisso... na hora que os pastores, presbíteros e as próprias igrejas relativizam o ensino das Escrituras, considerando-o preso ao séc. I e irremediavelmente condicionado à visão de mundo antiga, a igreja perde o referencial, o parâmetro, o norte, o prumo – e como ninguém vive sem estas coisas, elege a cultura como guia.

Termino reiterando meu apreço e respeito por você como mulher cristã e pedindo desculpas se não posso me dirigir a você, em nossa correspondência pessoal, como “bispa” Evônia. Espero que meus motivos tenham ficado claros.

Um abraço,

Augustus

NOTAS

[1] Esse encadeamento hierárquico se refere à economia da Trindade e trata das diferentes funções assumidas pelas Pessoas da Trindade na salvação do homem. Ontologicamente, Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em honra, glória, poder, majestade, como afirmam nossas confissões reformadas.

[2] Veja minha interpretação desta passagem e de outras no artigo da Fides Reformata “Ordenação Feminina”.

Data: 15/7/2010

sábado, 15 de maio de 2010

Quebrantamento


Quebrantamento
“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado.” (Sl 51.17)
Um mundo que celebra o sucesso não vê valor nas coisas quebradas. Mas Deus extrai beleza do que está quebrado. Para que uma planta brote do solo, a semente precisa ser quebrada. Para que o pintinho viva, a casca do ovo precisa ser quebrada. Para se comer uma boa noz, a sua casca precisa ser quebrada. Até um cavalo puro-sangue precisa ser domado; ele precisa aprender a respeitar ao puxão das e ao som da voz de seu dono. Você está me entendendo? Você está captando a idéia? Se estiver, por que, então, você acha que sua existência nesta terra poderá ser sem quebrantamento? O que te faz pensar que passarás incólume na existência?



Depois de um encontro humilhante com Cristo no caminho de Damasco, Paulo reavaliou toda a atividade religiosa da qual ele antes se gabava e chamou-a de esterco (Fp 3.8). O quebrantamento é a obra de Deus pela qual ele nos desnuda da auto-suficiência para que o caráter de Cristo possa brilhar através de nós. Só não confunda quebrantamento com tragédia. Pois, muitas pessoas sofrem tragédias, mas não se aproximam de Deus, nem descem de seus pedestais. Assim, como muitos quebrantados não precisaram sofrer tragédias na vida a fim de se aproximarem de Deus e de uma consciência de dependência dEle.



O que estou dizendo é que o quebrantamento não tem nada a ver com as nossas circunstâncias, mas com nossas reações. É sempre de dentro para fora; nunca de fora para dentro. Entendeu? Ou seja: O mesmo raio de sol que derrete a manteiga endurece o barro. Os verdadeiros valores da vida e do Evangelho, segundo Jesus, são os valores da interioridade do ser; não das exterioridades. O que Deus nos ensina todos os dias é que o quebrantamento acontece quando Ele nos despoja da auto-suficiência a tal ponto que não temos mais forças para nada. Quando Deus bloqueia todas as saídas que tentamos usar e passamos a ver que só Ele é a nossa resposta, fazemos uma descoberta que transforma nossa vida. Aí você me pergunta: “Qual é?”. Quando Deus é tudo o que você tem... Deus é tudo o que você precisa! É o que diz o salmista: “O Senhor é meu pastor; nada me faltará [ou, não tenho falta de nada]”. Às vezes Deus permite que cheguemos ao fundo do poço para descobrirmos que Ele é a rocha que está lá no fundo.



Saiba: Deus fará o que for preciso, por quanto tempo for preciso, para quebrar a nossa auto-suficiência a fim de que a vida de Jesus possa ser demonstrada através de nós. Deus precisou quebrar a auto-suficiência de Jacó para que o “Israel” dentro dele pudesse vir à tona. E mais: Nós determinamos quanto tempo o processo levará pela nossa submissão ou resistência.



Isto significa que o poder de Deus é reservado àqueles que desistiram de tentar fazer as coisas na sua própria força ou de as realizarem para os seus próprios fins! Você já desistiu?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Notícia que esta abalando o Egito ...


Depois do haitiano que ficou 27 dias nos escombros e disse que uma
pessoa lhe deu água, veja a notícia interessante que vem ao nosso conhecimento.

UMA NOTÍCIA QUE ESTÁ ABALANDO O EGITO

Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e
então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8
anos de idade.
As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio
havia matado as crianças. Quinze dias mais tarde, outra pessoa da
família morreu.

*Quando foram enterrá-la, encontraram as duas crianças sob a areia ? E
VIVAS!*

O país ficou em choque e o homem será executado.. Perguntaram à menina
de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela
disse:
*'Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em
suas mãos, vinha todos os dias para nos alimentar. Ele sempre acordava
minha mãe para dar de mamar à minha irmã'..*
Ela foi entrevistada no Egito numa TV nacional por uma mulher
jornalista que tinha o rosto coberto. Ela disse na TV pública,
'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como
essas!'
Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas
desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que Ele realmente
foi crucificado e que Ele está vivo!
Também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa
história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um
milagre verdadeiro.
Os líderes muçulmanos terão muita dificuldade em lidar com essa
situação e a popularidade do filme 'Paixão de Cristo' não os ajuda!
Como o Egito está bem no centro da mídia e da educação do Oriente
Médio, você pode ter a certeza de que essa história vai se espalhar
rapidamente.

Fonte : E-mail



Abençoarei a pessoa que colocar Sua confiança em mim
(Jeremias 17).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ministério Restauração da Fé - 10° Aniversário - Meu Futuro

quinta-feira, 4 de março de 2010

“... Que te importa a ti? Segue-me tu.” (Jo 21.22)


Que Te Importa a Ti?

“... Que te importa a ti? Segue-me tu.” (Jo 21.22)

Esta pergunta-resposta de Jesus foi uma zoomórfica “patada” divina na face de Pedro quando quis saber sobre a vida de João. Este tem sido o grande problema do cristianismo histórico. Ele nos ensinou e nos viciou a examinarmos, constante e diariamente, a vida do próximo. Por esta razão, as perseguições, as cruzadas e as inquisições em nome de Deus. Este é o mal de “igreja local”. Já percebeu? Quase cem por cento dos problemas nas igrejas locais relacionam-se com o policiamento da vida do irmão. Fofocas, facções, invejas, julgamentos, calúnias, inimizades, competições, ódio, amargura, etc. Todas estas coisas têm no âmago das questões o policiamento da vida alheia.



Esta é a razão da não unidade da igreja. Este é o motivo da dispersão dos discípulos. Esta é a causa da infantilidade dos crentes no Caminho.



O contexto desta fala de Jesus é aquele em que ele acaba de tratar do presente e do futuro de Pedro. Cura-o do trauma interior de culpa com a pergunta: “Tu me amas?” e prepara-o para o ministério ordenando-o: “Apascenta as minhas ovelhas”. Entretanto, a atenção de Pedro se volta para o que será da vida, do destino e do futuro de João. Ou seja: ao invés de tratar do seu próprio caminho no Caminho do discipulado, ele volta a sua atenção para o caminho de João.



A resposta de Jesus é um grande “fora” divino em Pedro. Ao tempo que uma lição claríssima que no Caminho, que é Jesus, cada discípulo caminhante faz o seu caminho. E quanto ao tipo de caminho que cada caminhante faz, só diz respeito a quem faz o caminho e a quem o caminhante prestará contas naquele dia.



Quando é que aprenderemos a “examinarmo-nos a nós mesmos” e não aos outros? Quando é que aprenderemos que “cada um dará conta de si mesmo a Deus”? Quando é que ouviremos Paulo dizendo: “Tem cuidado de ti mesmo...”?



O processo é simples. Quando cada um cuidar de si mesmo, todos estarão bem cuidados. Ele – Jesus – está à porta e bate, mas espera que alguém, o que indica ação individual e pessoal; não coletiva, abra a porta.



Portanto, quanto ao teu irmão: “Que te importa? Segue-me tu!” – disse Jesus. Deixemos que cada um faça o seu caminho no Caminho em direção ao alvo que é Cristo.


Pr. Roberto Rodrigues

sábado, 30 de janeiro de 2010

A Consciência da Renovação


A Consciência da Renovação

“Renova os nossos dias como dantes” (Lm 5.21)

A chamada do Evangelho é uma chamada à consciência. É um apelo a consciência humana. Um chamado a mudança. Um apelo à conversão. Uma proposta de renovação. Por esta razão, o Evangelho começa todo o seu processo na consciência do homem. Só a partir daí, desencadeia o resto. Portanto, cada ser humano precisa de partida ter a consciência consciente de que necessita viver em constante estado de renovação e mudança. Caso contrário, não haverá renovação ou qualquer tipo de mudança. Quais as características de uma consciência em estado de renovação? Ou qual o tipo de consciência em estado de renovação? É a...




Consciência da necessidade de conversão. “Converte-nos” é um pedido de quem sabe que precisa mudar, melhorar, progredir e se restaurar. Quem não possui esta consciência está fadado à morte espiritual e existencial. Pois, o Evangelho nos convida a esta sensibilidade constante de necessidade de mudança. Neste caso a conversão é diária, contínua e constante. Não existe ser acabado. Quem se diz acabado, está realmente “acabado”, “arruinado”.




Consciência de que conversão é volta para Deus. “Converte-nos a ti” dá a direção da conversão. Volta para que ou para quem? Tem que se saber para onde se está indo. A maioria não sabe para onde está se voltando. Tem gente voltando todos os dias pra muitas coisas, mas não para Deus. Conversão genuína é volta para a pessoa de Deus. Não é volta para a doutrina, para a igreja, para a denominação ou coisa que o valha, mas... para Deus. Portanto, volta para a igreja ou para o primeiro amor precisa ser antes de tudo uma volta para Deus.




Consciência de que só Deus pode operar conversão verdadeira. “Converte-nos, Senhor, a ti” é uma declaração do único capaz de operar tal milagre. Chamo de milagre por ser uma obra inexplicável à razão humana. Conversão humana é o maior milagre operado por Deus. Percebe-se que este pedido é feito a Deus. É a certeza de que ninguém com legalismos, preceitos, chantagens, terrorismos, ameaças, barganhas, manipulações ou autoflagelamentos poderá converter a si mesmo, muito menos o próximo. Esta obra pertence somente a Deus no poder do Evangelho.




Consciência de que conversão nos trás aos princípios de Deus. “Converte-nos, Senhor... como dantes” revela-nos uma volta ao primeiro amor. Um retorno ao estado original de comunhão com Deus. Revela algo outrora perdido e agora recuperado. A necessidade de renovação e conversão se revela como fato inegável de que nos deixamos, sutil e constantemente, afastar dos princípios de Deus todos os dias. Por isso, a necessidade de retorno diário. Esta tendência faz parte da natureza humana caída e manchada.




Façamos desta oração a nossa oração existencial diária diante de Deus.

Pr. Roberto Rodrigues

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010















A Produtividade da Tribulação



“... sabendo que a tribulação produz...” (Rm 5.3)



Lembrei-me de um texto de Caio Fábio sobre a igreja de Esmirna. Uma igreja em perseguição e tribulação. Ele diz que “a tribulação é sempre produtiva. E, que quase toda vez que a palavra “produz” aparece no Novo Testamento, ela está sempre associada à “tribulação”. Então me perguntei: O que pode produzir a tribulação?



A tribulação produz a definição do ser. Ela produz consistência interior. Ela acaba com a dubiedade do ser. Na tribulação, é ou não é. Quando vi minha mãezinha reagindo com firmeza ante a notícia de amputação da perna, só tive a confirmação de que estava diante de uma heroína da fé, segundo Hebreus 11. Ou seja: nestas horas só se serve a Deus pelo que Ele é. Nestas horas se honra a fé, e não se espera ser honrado por ela.



A tribulação produz a verdadeira motivação do serviço fiel a Deus. A maioria dos que dizem servir a Deus, desconhece sua verdadeira motivação. Isto porque, parece já está no automático o fato de nos relacionarmos com o próximo e com a vida com motivações baseadas na compensação. Isto em relação à conjugalidade, a amizade, a profissão, a vida cristã, etc. Se não houver um retorno compensador por parte da pessoa ou do compromisso assumido, começamos a repensar nosso vínculo de fidelidade. Em outras palavras: nossa fidelidade, na maioria das vezes, não tem base na única motivação válida para Deus: o amor. Ela sempre tem suas bases na compensação. De modo que em quase tudo na vida, onde não recebemos a tal compensação, somos infiéis. O servir a Deus com fidelidade deve ter suas bases motivacionais no amor. E só a tribulação produz tal motivação. Minha mãezinha provou isto para mim quando em nenhum momento lançou no rosto de Deus os vinte anos de serviço, entrega de dízimos e dedicação à obra.



A tribulação produz confiança e esperança. Deus não é Deus de confusão. E se há um modo de não nos confundirmos com Deus é nos momentos de tribulação. Nestas horas sabemos quem é Deus. O conhecemos melhor. Ele se revela mais profundamente. Não há como se confundir. Não só o conhecemos melhor como somos mais bem conhecidos. Na tribulação temos a certeza do cuidado de Deus. Na tribulação temos a certeza e a esperança do socorro divino e da salvação de outros. Paulo diz aos Coríntios que suas tribulações serviram de caminho e trampolim para a salvação de muitos. É na tribulação que nossa confiança se firma, aparece e se estabelece.



A tribulação produz consolo e consolação. Paulo diz aos Coríntios que somos consolados por Deus em nossas tribulações para que possamos consolar os que também são atribulados com as mesmas consolações que de Deus somos consolados. Só pode consolar quem foi consolado. Isto fala de experiência pessoal. Só quem recebe pode dar. Só quem é consolado pode consolar. Só quem tem experiência pode ajudar. Só quem passa por tribulação pode ajudar outro a passar.


Deus e Mais


Pr. Roberto Rodrigues