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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sirvo a Deus a 27 anos, sou casado com a linda Cristiane Rodrigues, tenho dois filhos maravilhosos o Fellipe e o Murillo Henrique, sou pastor adjunto do Ministério Restauração da Fé, aqui em São Paulo e quanto mais o tempo passa mais me apaixono por Jesus Cristo e pela sua obra.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando os Profetas São Profetas‏


Quando os Profetas São Profetas






“Aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra, com verdade” (Jr 23.28)


Ser profeta é ser porta-voz de Deus. É ser mensageiro da verdade e do amor, com o compromisso de carregar na existência a própria mensagem. Todavia, enfrentamos o dilema hodierno de identificar quando os profetas são verdadeiros profetas de Deus. Há igrejas, grupos, seitas e movimentos que se deixam guiar pelas palavras dos profetas. Em muitos casos trazendo muita confusão, divisão e transtorno no seio da igreja do Senhor e na cabecinha de muita gente.

Como discípulo de Jesus eu creio em profetas. Conseqüentemente em profecias. Porém, na qualidade de discípulo de Jesus, também, busco discernir quando os profetas são profetas. Profetas são profetas quando:

São boca de Deus. O texto de Jeremias supracitado confirma esta verdade. A Palavra de Deus na boca de um profeta torna-o boca de Deus na terra. Um profeta autêntico carrega a Palavra de Deus em seus lábios. Não fale de si mesmo. Não profere palavras próprias. Na sua boca só se acha Palavra de Deus.

São homens-mulheres da verdade. “Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra de Senhor na tua boca é verdade”. Este foi o testemunho da viúva de Sarepta acerca de Elias. Ela afirma que Elias era um homem de verdade. Profetas são profetas quando são da verdade, falam da verdade, vivem a verdade e lutam pela verdade.

São confirmados na história. O método divino de se identificar um profeta era se sua mensagem pudesse ser confirmada na história como cumprimento profético. “Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor,e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou” (Dt 18.2,22). Ou seja: palavra profética que não se cumpre, ou que se tenha que dar um jeito brasileiro evangélico de dar certo, não pode ser palavra do Senhor.

São coerentes com a Palavra. Paulo diz que a profecia deve ser julgada. O medidor, aferidor ou termômetro deste julgamento é a Palavra de Deus. Portanto, qualquer profecia ou orientação profética que não passe no crivo da Escritura não pode ser considerada Palavra de Deus na boca de quem quer que seja. A Palavra é a Grande profecia! A Palavra é o guia de fé e prática.

Não sei você, mas eu, antes de ouvir qualquer profeta, procuro discernir quando os profetas são profetas.

DESEJOS QUE DEFINHAM ALMA


DESEJOS QUE DEFINHAM ALMA



“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106.15)

Vive-se num contexto hedonista e subjetivo, onde se busca desenfreadamente a realização dos desejos. Infelizmente este espírito hodierno já se apossou do mundo evangélico. As pregações são ofertas para realizações e concreções dos desejos. As orações são súplicas ao divino para materializações dos desejos. As campanhas são verdadeiras procissões e penitências na busca da satisfação dos desejos. Portanto, vivemos na era onde predominam os desejos. O que é surpreendente pela descrição do texto supracitado é que Deus pode satisfazer desejos suicidas de crentes carnais no deserto da vida. Deixando que cada um viva e conviva com as conseqüências dos desejos realizados. Eu, particularmente, já ofereci culto de gratidão a Deus por orações não respondidas. Isto mesmo! Orações não respondidas. Algumas Ele disse: Não! Outras Ele nem se deu o trabalho de responder sequer, dado a idiotice do pedido. Muitos destes pedidos, se atendidos fossem, talvez eu não estivesse digitando este texto. Daí eu ter aprendido bem cedo na vida que há pedidos que definham a alma por algumas razões:

Os desejos definham a alma quando são desejos que combatem contra a alma. Pedro alerta a respeito deste tipo de desejo ao dizer: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências (desejos) carnais que combatem contra a alma” (1 Pd 2.11). Pedro refere-se as cobiças e desejos que são temporários, passageiros e de breve satisfação, como: paixão, amantes, vícios, jogos, etc. Nunca satisfazem a alma. Muito pelo contrário, a deixam desestruturada e vazia. Quantos desejos são acalentados em nossos corações que gradativamente combatem contra a alma.


Os desejos definham a alma quando são contrários aos desejos de Deus. A recomendação do salmista é o seguinte: “Deleita-te também no Senhor, e ele concederá o que deseja o teu coração” (Sl 37.4). É preciso aprender com Jesus a se submeter e invocar o Reino (governo) de Deus sobre nossa vida, pedindo a Deus que cumpra em nós o seu querer. Isto porque a sabedoria não recomenda remar contra a vontade de Deus.


Os desejos definham a alma quando se tornam laços nas mãos do passarinheiro. O apóstolo Tiago refere-se a esta realidade dizendo que “cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.14). De fato, tentação, nada mais é do que o encontro do que em nós é pulsão e desejo com as ofertas da vida, do mundo e do diabo. Este encontro consumado gera o definhar da alma e a morte do ser.


A única saída plausível para que nossos desejos não definhem nossa alma é submetê-los a vontade do Senhor, como fomos ensinados na oração do Pai nosso: “Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).