Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, São Paulo, Brazil
Sirvo a Deus a 27 anos, sou casado com a linda Cristiane Rodrigues, tenho dois filhos maravilhosos o Fellipe e o Murillo Henrique, sou pastor adjunto do Ministério Restauração da Fé, aqui em São Paulo e quanto mais o tempo passa mais me apaixono por Jesus Cristo e pela sua obra.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Egoismo: O Espírito Pós-Moderno


"E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos."
(Lc 12.19)*

Uma das características inconfundíveis destes tempos modernos, chamado de
pós-modernidade, sem dúvida é o espírito egoísta. Este espírito egocêntrico
é completamente oposto ao espírito do Evangelho proposto-pregado por Jesus e
vivido pela igreja primitiva (Lc 6.38; At 2.44,45). O espírito do Evangelho
é altruísta, doador, misericordioso, amoroso, gracioso, comunitário.
Portanto, o espírito deste mundo luta diametralmente em oposição ao espírito
do Evangelho. Isto, dentro e fora da igreja. Pois quando vemos e ouvimos
pregações, louvores, atitudes, propostas, programas etc., que motivam e
alimentam o egoísmo, identificamos um antievangelho. Por isso creio que no
processo de restauração da igreja nestes últimos tempos, este será um dos
elementos que deverá ser eliminado no seio da igreja.

Na parábola do rico insensato [Lucas 12.13-21] Jesus desmascara a índole
natural de todo ser humano: o egoísmo. O rico da Parábola é uma denúncia dos
pecados próprios do egoísmo. Na postura desse homem rico e egoísta
enxergamos pelo menos quatro pecados:

*Auto-suficiência:* desejo pelo direito de não depender de ninguém. Este é
um sinal presente na vida de muitos que se dizem crentes em Jesus. Esta é a
busca de todo ser humano: independência divina e humana.

*Egocentrismo:* desejo pelo direito de poder viver sem qualquer consideração
pela vontade e pelas necessidades dos outros. Não é o que vemos hoje no
dia-a-dia das pessoas? Cada um por si e Deus por todos. Não há qualquer
interesse pela dor e a necessidade alheia ou em ajudar o próximo.

*Prepotência:* anseio pelo distanciamento completo dos embaraços do mundo -
acredita estar numa bolha de proteção dentro da qual o sofrimento não
existe, como se sua riqueza fosse uma blindagem contra o sofrimento. Não é o
que prega a teologia da prosperidade? Não é o que muitos crentes buscam?
Como se acredita que o poder financeiro fornece esta prepotência, a busca
desenfreada pelo Mamon [o deus das riquezas] explica-se.

*Hedonismo:* uma completa negação do mundo, uma forma de negar e afastar-se
das complicações da vida, uma entrega absoluta de si mesmo ao prazer:
*"descansa,
coma, beba e divirta-se"*. O que o mundo de hoje tem desejado se não o
prazer? Inclusive na igreja não se deseja nada que não seja prazer: culto
prazeroso, pregação gostosa, louvor agradável etc.. Quando não agrada,
busca-se outra igreja. É isto o que os pregadores vendem nos templos e os
freqüentadores compram nas campanhas com a moeda da fé.

Aí você me pergunta: Como salvar-se disso? Buscando a praticidade de um
Evangelho comunitário que compartilha o amor como único meio pelo qual
seremos avaliados por Deus na eternidade [Mt 25.34-46].